São Paulo, segunda-feira, 20 de fevereiro de 1995
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Altura decide vaga em times

LARISSA PURVINNI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os mais felizes com a espichada dos brasileiros são os treinadores esportivos. Hoje, todos dizem ser bemmais exigentes para aceitar um candidato em equipes de vôlei ou basquete.
Um dos clubes mais "radicais" é o Banespa, que só aceita jogadores com pelo menos 1,80 m. Isso para os garotos de 13 anos. Os de 17 precisam ter 1,95 m.
"Quem tiver menos que isso não tem a menor chance. Altura é fundamental", diz o supervisor de esportes Rubens Henrique Camargo Bueno, 27.
Segundo ele, para selecionar novos jogadores, o clube analisa a maturação biológica e a altura.
A preferência é por aqueles menos maduros —e portanto com maiores chances de ainda crescer— e mais altos.
A média do time infanto-juvenil (jogadores de 16 anos) é 1,92 m. O time juvenil (18 e 20 anos) tem média de 1,98 m.
Para os times femininos não é diferente. O São Caetano Esporte Clube prefere as mais altas para o vôlei. Meninas de 14 anos precisam ter pelo menos 1,75 m.
"Preferimos as altas, mesmo que joguem pior. Se houver poucas vagas e a disputa ficar entre duas garotas com 1 cm de diferença, ficamos com a mais alta", diz Maria Ivete Miotto Silva, 39, coordenadora de vôlei.
O Palmeiras prioriza a capacidade técnica para selecionar jogadores de basquete. Mesmo assim, os "baixinhos" não têm esperança. Armadores e pivôs precisam ter, no mínimo, 1,80 m.
Para o vôlei infanto-juvenil, a altura mínima para levantador é 1,80 m. Para atacante, a altura é 1,85 m.
(LP)

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