São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 1995 |
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Tarifa de energia em SP deve subir em junho
MARCOS CÉZARI
A afirmação é do secretário estadual de Energia, David Zylbersztajn, 40, para quem o reajuste "não precisa ser feito já". Ele negou que haja defasagem nos preços e deixou claro que a secretaria "é absolutamente contra a indexação tarifária". O reajuste não será feito de forma linear, ou seja, não haverá um índice único para todas as empresas, segundo o secretário. "Usaremos parâmetros razoáveis de custos". O IPC-r, que corrige os salários, não será usado para o reajuste das tarifas, declarou o secretário. Zylbersztajn negou qualquer pressão das concessionárias (Eletropaulo, Cesp e CPFL) para que a recomposição seja feita antes de um ano do Plano Real. "Qualquer reajuste seria bom, mas em termos econômicos não há motivo para isso", afirmou. O secretário admite, até, a possibilidade de redução de custos. "Há margem para reduzir os custos". Zylbersztajn disse que hoje o fluxo de caixa das empresas é negativo, mas em razão de déficits já existentes dos governos anteriores. O objetivo, no momento, é zerar esses déficits. "Não estamos criando nenhum novo compromisso. Estamos reduzindo a estrutura das empresas, com cortes brutais de despesas", afirmou o secretário. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) deverá reajustar as tarifas de água e esgoto somente a partir de junho próximo. Segundo Paulo Galetta, diretor financeiro da empresa, as tarifas passaram para a URV em junho do ano passado. Assim, a lei do Plano Real, que prevê reajuste somente um ano após a conversão, será respeitada. Galleta informou que a área de custos da Sabesp vai fazer um levantamento dos custos de 94 e dos atuais para ver qual o reajuste necessário para recompor as tarifas. O balanço da Sabesp referente a 94 será aprovado somente em meados de março. Esse balanço servirá de base para o levantamento dos custos, disse o diretor. Texto Anterior: A volta do calote público Próximo Texto: Fiat aumenta preços do 'popular' em 8,64% hoje Índice |
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