São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 1995
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Rockeiras combatem machismo fora dos discos

ESPECIAL PARA A FOLHA

Desde que a banda L7 assumiu a frente da luta contra as leis anti-aborto, fundando o movimento Rock for Choice, o rock feminino tem demonstrado disposição para encarar o machismo também fora da indústria do disco.
Rock for Choice foi o resultado do encontro entre as integrantes do L7 e o grupo feminista Feminist Majority, movido pela crescente pressão contra as leis que permitem o aborto em alguns Estados americanos.
O primeiro show do movimento aconteceu na casa noturna Palace, de Los Angeles, em outubro de 1991. Além de L7, subiram ao palco os grupos Nirvana, Hole e Sister Double Hapiness.
Até hoje, o Rock for Choice gerou mais de 50 shows e um álbum musical, arrecadando US$ 150 mil para a luta em favor do aborto.
Embora o L7 tenha abandonado o comando do movimento, várias bandas de punk rock feminista, especialmente na área de Olympia, em Washington, mantêm a dieta de shows e fanzines dedicados ao Rock for Choice.
Olympia é a capital de outro importante movimento feminino, que ganhou destaque na década de 90 —o Riot Grrl.
Em agosto de 1991, uma convenção dedicada ao "pop underground" reuniu uma centena de bandas em Olympia, a maioria representada pelos selos locais K e Sound Out Northwest —e formada só por mulheres.
Riot Grrl é o primeiro movimento feminista que se desenvolveu no rock'n'roll. Liderado pelas desbocadas bandas Bikini Kill, 7 Year Bitch, Bratmobile, Heavens to Betsy e Courtney Love (batizada em homenagem à líder do grupo Hole), o movimento rendeu fanzines e selos independentes, criados pelas próprias bandas.
Acabou estendendo-se até a Inglaterra, onde é representado pelo grupo Huggy Bear.

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