São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 1995 |
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Zapatistas e o Exército mexicano voltam a se enfrentar em Chiapas
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Voltaram a ocorrer enfrentamentos ontem entre o Exército mexicano e o movimento guerrilheiro EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional).Segundo o governo, houve troca de tiros em Ocosingo, Chiapas. Um guerrilheiro teria sido morto e outros três teriam sido presos. O governo afirma ainda ter sido atacado por disparos esporádicos em outro episódio, ocorrido na madrugada de ontem. A deputada Carlota Botey, integrante de uma comissão de parlamentares que viajou à selva Lacandona, disse ter escutado tiroteios durante o final de semana. Os zapatistas, que atuam em Chiapas, se refugiaram nos pontos mais distantes da selva Lacandona para fugir do Exército. O Vaticano atacou duramente ontem os latifundiários e a alta burguesia de Chiapas, que seriam os verdadeiros culpados pela crise. O Vaticano diz que os latifundiários tentam por todos os meios provocar o enfrentamento armado e sabotar o diálogo. O Vaticano defendeu ainda o bispo de San Cristóbal, Samuel Ruiz, pelo seu esforço de mediar o diálogo entre governo e EZLN. Samuel Ruiz é o presidente da Comissão Nacional de Intermediação, a única instância de negociação reconhecida por ambas as partes. Ele é acusado de trabalhar em favor dos zapatistas. Ruiz advertiu ontem para o perigo de uma matança de milhares de indígenas em Chiapas. Comissão de direitos humanos acusou a polícia de torturar pela menos quatro zapatistas no Estado de Veracruz. Texto Anterior: Peru prende soldados do Equador Próximo Texto: Paraguai anuncia que extraditará brasileiros Índice |
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