São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 1995
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Cerveja ideal deve ser mantida a 6°C

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Vigie bem a temperatura de sua "loira". Com este calor, ela será certamente uma companhia inseparável nesses dias de folia. O conselho é de degustadores e especialistas em cerveja. E vale tanto para "cervejeiros" foliões como para aqueles que gostam de passar os feriados fazendo nada.
"Mantenha a cerveja numa temperatura entre 6 e 8 graus", aconselha Paulo César Pegini, 44, degustador e um dos donos da Cervejaria Lo Spuntino. "Gelada demais, a cerveja perde o sabor."
Para este Carnaval, Pegini está levando para a praia algumas Brahma Extra, Pilsen Extra e Munchen. Na sua cervejaria, o cliente pode escolher entre 200 marcas importadas e 60 nacionais.
"Há 20 anos estamos ensinando as pessoas a tomarem cerveja", diz Pegini. "Mas a maioria das fábricas ainda produz de acordo com as necessidades do mercado."
O empresário e engenheiro Szimon Goldfarb, 67, é um apaixonado pela cerveja. "É a bebida mais saudável", afirma. "Pode ser tomada sempre e não faz mal." Ideal para quem vai perder muito líquido atrás do trio elétrico, bom para quem vai ficar esticado na beira da praia.
Mas nada de cerveja "estupidamente gelada". "É um erro", diz. "A cerveja tem ser apenas fria o suficiente para descer suave." O Goldfarb diz que copo gelado é "outra falácia". Mas não abre mão de um caneco de vidro. "Faz parte do ritual."
Outra cuidado: mesmo com pressa, nunca coloque cerveja no congelador ou freezer. A mudança brusca da temperatura altera o sabor. Tirar uma cerveja da geladeira e mais tarde colocá-la de volta também não se faz.
Para quem tem pressa, a cerveja em lata esfria mais rapidamente que aquelas em garrafa. Mas, ainda assim, é preciso 25 a 30 minutos de paciência.
Diferente do degustador Pegini, Goldfarb é um apreciador da grande maioria das cervejas nacionais.
"Gosto de cerveja", ele diz. "Já tomei cerveja em muitos países. Hoje o Brasil está produzindo cervejas que nada ficam devendo aos melhores fabricantes do mundo."
Entre as preferidas, Goldfarb cita a Bavária Premium, a Cerpa e a Serra Malte. "Mas gosto de todas as outras", afirma, brincando.
Pegini se diz mais exigente. "Não trabalhamos com as cervejas comuns, as chamadas de segunda linha", afirma.
Entre as nacionais preferidas, ele cita a Original, que era fabricada pela Antarctica em Ponta Grossa (PR) e agora é feita na fábrica da Serra Malte em Getúlio Vargas (RS). Em segundo lugar, coloca a Pérola Extra, fabricada em Caixas do Sul (RS) e a Bohemia, de Petrópolis.

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