São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 1995
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Regulamento impõe prejuízo ao 'grandes'

ROBERTO MACHADO
DA SUCURSAL DO RIO

O Campeonato Estadual do Rio está, até agora, aquém das expectativas iniciais. Os dirigentes dos principais clubes acreditam que o problema está no regulamento.
Na primeira fase, 16 times estão divididos em dois grupos. Vasco e Botafogo estão no Grupo A e Flamengo e Fluminense, no B. Os times jogam entre si em cada grupo.
Cada clube considerado "grande" faz, nesta primeira fase, 12 jogos contra times chamados "pequenos" e só dois clássicos.
Segundo o presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, a tabela inviabiliza a presença dos torcedores na primeira fase.
Os raros clássicos também afetam financeiramente os clubes. "Os jogos desta fase são deficitários. Só os dois contra o Fluminense darão retorno", disse Kléber Leite, presidente do Flamengo.
Vasco e Flamengo, vencedores do primeiro turno, tiveram desempenhos praticamente iguais. Tiveram cinco vitórias e dois empates. O Flamengo fez 18 gols (melhor ataque) e sofreu três. O Vasco fez 17 e levou dois (melhor defesa).
Botafogo e Fluminense apresentaram campanhas irregulares. O Botafogo ficou em terceiro no Grupo A, com 12 pontos, atrás do Entrerriense (14 pontos).
O Fluminense ficou em segundo no Grupo B, com 16 pontos. O Madureira, invicto na competição, vem logo atrás com 15 pontos.
O Madureira é o destaque da competição. Venceu quatro jogos e empatou três. Tem boas chances de ir ao octogonal decisivo.
As duplas de ataque formadas pelos clubes "grandes" ainda não deslancharam.
No Flamengo, Romário fez quatro gols (três de pênalti) e não reencontrou o futebol que exibiu na Copa dos EUA.
Guga, maior reforço do Botafogo para o Estadual, fez apenas um gol. Renato Gaúcho, do Fluminense, jogou 56 minutos. Teve um estiramento muscular e saiu do time.
Clóvis, atacante contratado pelo Vasco, foi a maior surpresa. Jogou todas as partidas, fez sete gols, e é o vice-artilheiro do torneio. Túlio, do Botafogo, marcou oito gols.

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