São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 1995 |
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Avenida 95! Quem vai ser o pato este ano?
JOSÉ SIMÃO
E paulista vai pra avenida. Pra apanhar! É verdade, uma amiga minha foi pra avenida o ano passado e diz que tem um criolão que fica com uma varinha batendo nas paulistas "Olhaí! Vamo lá! Samba no pé!" Aí volta, bota aquelas babuchas de salto alto com um monte de vergão. Rarará! E o mel da avenida: mestre-sala e porta-bandeira. Esse minueto bárbaro e alado, como diz o poeta Haroldo de Campos. E que eu repito todo ano porque acho lindo. E engraçado. E tô adorando aquele senador suposto traficante desfilando pelo Senado "Daqui não saio daqui ninguém me tira." O Exército sobe o morro e suposto traficante, o morro da mesa do Senado. Será que de repente ele chegou carregado "tem uma mesa? tem uma mesa?" Aí deram a mesa do Senado! E a cena de tráfico mais engraçada até hoje é aquela velha traficante que antes de cheirar, ajoelhava: "Ai meu bom menino Jesus de Praga, só mais uminha, prometo que é só". Rarará! E aquele garanhão Luiz Mário de Pádua. Já ferrou com dois presidentes —Collor e Itamar. Recebeu 40 concessões do Itamar. Aí ele declarou: "Não foram 40, só 15". É a mesma coisa que dizer: "Não namorei 10 primeiras damas, só uma!". Rarará. Nóis sofre mas nóis goza! Contanto que não fure a camisinha. Rarará. Voltei! Macaco Simão no Bloco do Balança Rolha! Texto Anterior: Herrmann era o músico que sabia demais Próximo Texto: Brilho vem de Ginger e Fred Índice |
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