São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995
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Segurada será mais prejudicada

Pelo que se conhece até agora das propostas para mudar a Previdência, as mulheres serão mais prejudicadas que os homens no tempo exigido para se aposentar.
A opinião é do especialista Wladimir Novaes Martinez e a razão é simples: a nova exigência de contribuição e idade será única, para todos, enquanto hoje exige-se menos tempo de serviço da mulher.
Mesmo que haja regra de transição, das mulheres se exigirá relativamente mais tempo do que dos homens para a obtenção da aposentadoria integral. A proporcional acaba após a lei complementar.
Todos os brasileiros estarão submetidos a uma regra geral e única de previdência. Mas servidores públicos terão regra própria para cálculo e teto do benefício. Haverá uma percentagem do último salário, menor que 100%. No setor privado há um teto único que deve ser mantido.
No setor público não poderá haver contagem em dobro de tempo de serviço e a aposentadoria não acompanhará o salário na ativa. Militares terão lei específica. Os governos não poderão mais transferir recursos para institutos de previdência de parlamentares.
A aposentadoria especial terá regra muito mais restrita. Só valerá para quem exerce efetivamente uma atividade insalubre. Aqui também haverá regra de transição.

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