São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 1995
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Rio tem 71 corpos recolhidos em 24 h

DA SUCURSAL DO RIO

"A média diária é de 35, 40 corpos. Mas o Carnaval é uma época violenta mesmo", afirmou o sargento Jorge Rosa, da Central de Informações dos Bombeiros.
Ontem, das 8h15 até 17h, o Corpo de Bombeiros havia contabilizado 26 corpos recolhidos, segundo o sargento Antônio Luís.
Mortes por afogamento respondem por boa parte das remoções. Até 15h, quatro pessoas morreram afogadas nas praias da zona sul e da zona oeste (Barra da Tijuca e Recreio), apesar do mar calmo.
O Salvamar contabilizava 201 socorros até às 16h. A maioria das ocorrências foi registrada na área da Barra da Tijuca.
Segundo o comandante do 1º SGmar (Salvamento de Grupamento Marítimo), 70% dos casos foram provocados pela ingestão excessiva de bebida alcoólica.
A 34ª DP (Delegacia Policial), em Bangu (zona oeste), foi a recordista de registros. Lá foram recolhidos três cadáveres. Paulo César Reis morreu afogado, pela manhã, numa represa próxima ao rio Guandu. Um suposto traficante conhecido como "Marcelinho" foi encontrado morto com três tiros nas proximidades da favela Cavalo de Aço, em Santíssimo (zona oeste). O terceiro homem, não identificado, foi recolhido a cerca de 400 metros da 34ª DP.
Apesar do aumento de mortes, Filomena Mendes, assessora da direção do hospital Souza Aguiar (centro) —o maior pronto-socorro da cidade—, disse que este Carnaval está sendo um dos mais tranquilos dos últimos anos.
No hospital Getúlio Vargas, em Bonsucesso (zona norte), o número de atendimentos aumentou no setor de emergência, mas na maioria dos casos, segundo a assessoria de imprensa, eram pessoas com "excesso de bebedeira".

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