São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 1995 |
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'Tratam os alunos como máquinas'
DA REPORTAGEM LOCAL A professora-titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Maria Thereza Fraga Rocco, elogia a proposta da Faap para a melhoria do espaço físico da escola. Mas, critica o que considera "um modelo de ensino que trata os alunos como máquinas"."Medidas que venham a melhorar o ambiente na escola são louváveis. É importante que as bibliotecas, por exemplo, permitam as consultas aos livros nas estantes. A informatização também é fundamental", diz ela. No entanto, para a professora, a relação entre professores e alunos não pode ser baseada em brincadeira. "Trata-se de uma relação de diálogo, onde o professor deve desenvolver no aluno a vontade de conhecer mais o assunto", diz. Maria Thereza considera que "aprendizado acelerado" lembra "métodos que já foram moda nos EUA, de instrução pré-programada, que tratam os alunos como se fossem máquinas". Para ela, esses métodos desconsideram as particularidades de cada pessoa. "Quando a informação é passada, cada aluno a recebe de uma maneira diferente. Esses métodos trabalham com produção em série." A professora ainda critica o método por dar muita importância para a "forma" de transmissão do conhecimento, sem abordar o "recheio". "O conhecimento tem de ser tratado como prioridade número um." Texto Anterior: Faap muda sistema educacional Próximo Texto: Pesquisador analisa renúncia à cidadania Índice |
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