São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Consórcios do ABCD têm queda nas vendas

DA FOLHA ABCD

Consórcios do ABCD têm queda nas vendas
O segundo pacote anticonsumo do governo, que reduz o prazo para consórcios de carros de 12 para seis meses, pode causar queda de até 95% nas vendas no ABCD.
Essa é a previsão de seis concessionárias ouvidas pela Folha. Segundo elas, as demissões de vendedores de consórcios podem chegar a 75 nas próximas semanas.
O pacote anticonsumo proíbe também o leasing, um tipo de aluguel com opção de compra do veículo no final do contrato.
As seis lojas vendiam, juntas, 418 cotas mensais de consórcios. Depois do pacote, apenas uma cota foi vendida, na Avel de São Bernardo do Campo (SP).
"As vendas estão totalmente paradas e devem cair até 95% nos próximos dias por causa das medidas de restrição do governo", diz o gerente de vendas da concessionária Anchieta, de São Bernardo, Udinilson dos Santos. A Anchieta é revendedora autorizada da Ford.
Segundo Santos, nenhuma venda foi feita na Anchieta após o anúncio do pacote anticonsumo. Antes do pacote, a concessionária fechava 50 cotas por mês para consórcio de populares, de acordo com o gerente de vendas.
Walter Barbosa, gerente da Baralt de São Bernardo, diz que a revendedora, da Chevrolet, não deve abrir novas cotas para consórcio de prazo de seis meses. "É impraticável." Antes do pacote, a equipe de vendas de consórcio da Baralt fechava cerca de cem cotas por mês.
O chefe administrativo da Avel de Santo André, Paulo Roberto Valério da Silva, diz que as revendedoras devem demitir as equipes de vendas de consórcios.
Somente a Avel tem 30 pessoas que trabalham com a venda de novas cotas. Antes das medidas do governo, a Avel vendia cerca de 120 cotas de consórcio por mês.
O gerente de vendas de consórcio da Palmares, de São Caetano, Mário Rossi, 33, diz que as medidas do governo favorecem os especuladores. "Eles compram e recebem mais rápido o carro."
O gerente de consórcio da Avel de São Bernardo, Roberto Avilez, 37, disse que hoje não há procura por consórcios.
"Antes de o governo reduzir de 50 para 12 meses o prazo do consórcio, vendia 120 cotas mensais. Depois, elas reduziram em 70% e agora, com o prazo em seis meses, só vendemos uma cota."

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