São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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Motoristas do Rio suspendem greve

Tarifas de ônibus não vão ser reajustadas

CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

Os motoristas de ônibus do Rio decidiram ontem à tarde suspender a greve da categoria. Eles terão um reajuste de 45,10% em seus salários, que passam de R$ 275,67 para R$ 400. As tarifas dos ônibus (R$ 0,35) não serão reajustadas.
A assembléia que decidiu o final da greve foi confusa. Três ônibus foram apedrejados —um deles foi também incendiado— nas proximidades do sindicato dos rodoviários, em Rocha Miranda (zona norte), enquanto a assembléia era realizada.
Os rodoviários e os empresários chegaram a um acordo durante uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho. Os empresários propunham um reajuste de 37,85% sobre os salários de março. Os rodoviários queriam que o aumento fosse sobre os salários de julho —quando a categoria recebera antecipação de 8%. A proposta do TRT foi aceita.
Os dois dias de greve podem custar aos sindicatos o pagamento de uma multa total de R$ 320 mil. A liminar obtida pelo Ministério Público do Trabalho que obrigava a manutenção de 50% da frota em circulação não foi cumprida. Se a greve for considerada abusiva, a multa terá que ser paga.
O julgamento da greve na terça também pode levar o prefeito César Maia (PMDB) a entrar com ação contra empresas e trabalhadores. Maia quer que o município seja ressarcido dos prejuízos com a greve.

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