São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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São Paulo volta a enfrentar rodízio de água

DA REPORTAGEM LOCAL

O aumento do consumo de água por causa do calor e a falta de investimentos no sistema de distribuição e captação de água troxe de volta o racionamento para as zonas leste e oeste da Grande São Paulo.
Apesar de as represas que abastecem a cidade estarem cheias, a rede de distribuição não consegue acompanhar o aumento da demanda. Nos dias quentes, o aumento do consumo chega a 13%.
"O sistema de captação e distribuição está em colapso porque a população cresceu e não houve imvestimentos. O resultado é a falta de água", disse Márcio Riscala, assessor de imprensa da Sabesp.
Segundo Riscala, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) está fazendo um levantamento dos pontos mais críticos (onde falta mais água) para montar um cronograma de obras emergencias.
"Nosso objetivo é resolver a situação das áreas mais prejudicadas até o início do ano que vem para que não volte a faltar água no verão de 96."
O rodízio na zona oeste começou ontem e vai pelo menos até segunda-feira. Foram atingidos os municípios de Osasco, Carapicuiba e Barueri (Grande São Paulo).
Na zona leste, o rodízio começou anteontem e vai até 17 de março, podendo ser prorrogado. Cerca de 500 mil pessoas foram afetadas.
Segundo a Sabesp , é necessário fazer rodízio para que casas localizadas em ruas altas e no fim das linhas de distribuição não sejam sempre punidas com a falta de água.
Se o consumo continuar alto, não está descartada a possibilidade de que o rodízio seja implantado também em bairros da zona sul.
Bairros da zona sul (Morumbi e Vila Nova Conceição) e norte (Jaçanã e Brasilândia) também vêm sendo afetados pela falta de água, apesar de ainda não haver rodízio.
Ontem a situação se agravou em Vila Nova Conceição, Vila Olímpia e Santo Amaro (zona sul) por causa de um defeito na bomba de uma adutora causado pelas chuvas fortes que atingiram a cidade anteontem.

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