São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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Crise atrasa instalação de comissões

SILVANA QUAGLIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A crise interna do PSDB evitou a instalação, no início da noite de ontem, de duas das três comissões especiais que discutirão o conteúdo das emendas constitucionais do governo na Câmara.
Com quatro membros permanentes e quatro suplentes na comissão que discutirá a emenda que quebra o monopólio das telecomunicações, o PSDB só tinha um membro presente para a instalação. Era necessária a presença de 16 dos 30 deputados indicados pelos partidos.
Resultado: a base governista não garantiu quórum e abriu espaço para que os partidos de oposição (PT, PDT e PC do B) retirassem seus parlamentares da sessão.
O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), visivelmente irritado, explicou que a assessoria pediu a permanência em Brasília dos parlamentares errados.
"Ficaram os membros da comissão da flexibilização do monopólio do petróleo (que será instalada na semana que vem) e os das telecomuicações foram embora."
O problema de falta de quórum voltou a se repetir minutos mais tarde, quando deveria ser instalada a comissão encarregada de analisar a emenda que acaba com a diferenciação entre empresa de capital nacional e de capital estrangeiro.
Tentaram, ainda, substituir os parlamentares ausentes, mas, como o presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), e seus dois vices saíram da cidade, não havia ninguém para autorizar a mudança.
A comissão que discutirá a proposta do governo de pôr fim ao monopólio dos Estados sobre a distribuição do gás encanado foi a única instalada ontem.
Novas sessões de instalação foram marcadas para terça-feira.

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