São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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Metalúrgicos mantêm paralisação no ABCD

DA FOLHA ABCD

Um total de 1.270 metalúrgicos de Santo André, São Bernardo, Diadema e Rio Grande da Serra (SP) continuaram parados ontem devido às greves em quatro empresas da região, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD.
Ontem os funcionários da Americanense, de Santo André, e da ABS/Vabsco, de Diadema, que estavam em greve, voltaram ao trabalho.
Na Americanense, os 120 funcionários ficaram parados apenas um dia e acabaram aceitando a proposta da empresa de 5% de aumento retroativo a dezembro e 5% de aumento em abril. A ABS/Vabsco terminou a greve anteontem à noite.
Os funcionários da MG, de Santo André, FM Fichet, de Ribeirão Pires, e Metaltork, de Diadema, fizeram protestos pela revisão de salários e podem entrar em greve a qualquer momento.
Os 1.000 funcionários da Papaiz, de Diadema, que estavam em greve desde terça-feira, voltaram ontem à tarde ao trabalho.
O diretor da base Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, Zarias Brás Pimenta, 40, disse que os funcionários decidiram voltar ao trabalho até a reunião de segunda-feira com a empresa.
"Na reunião de conciliação ontem à tarde a decisão do juiz foi de abono de R$ 65,00 para março, estabilidade para 60 dias e negociação sobre comissão de fábrica. Na segunda, vamos ver se a empresa aceita a proposta", disse Pimenta.
A Folha tentou entrar em contato com a empresa por três vezes, mas em todas foi informada que não havia ninguém para prestar esclarecimentos.
Na Black & Decker, de Santo André, os 850 funcionários, que já estão parados desde quarta-feira, rejeitaram ontem proposta da empresa de 15% de reposição retroativa a fevereiro e abono de R$ 70,00.
Na segunda-feira, a diretoria da Black & Decker e o sindicato devem se reunir para novas negociações.
Na Vigorelli, de São Bernardo, a assessoria de imprensa do sindicato informou que há 150 funcionários parados desde terça. Eles querem a reestruturação de cargos e salários e o fim das contratações por tempo determinado.
A supervisora do departamento pessoal da Vigorelli, Daici de Toledo Leal, 46, disse que há entre 100 e 120 funcionários parados.
Na Jean Lietaud, de Rio Grande da Serra, os 150 empregados estão parados desde terça-feira devido ao atraso nos salários, que teriam que ser pagos no dia 5. A empresa prometeu pagar a dívida na segunda-feira.
Os 120 funcionários da MG, de Santo André, fizeram ontem, das 7h às 9h, um protesto para pressionar a empresa a discutir um aumento real de salários.
Segundo o sindicato, se o assunto não for discutido até a próxima sexta, no dia 20 os trabalhadores entram em greve. A Folha tentou entrar em contato com a empresa, mas não teve retorno aos telefonemas.

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