São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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Supermercados de SP têm alta de 0,06%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os preços tiveram pouca alteração nos supermercados de São Paulo na primeira semana deste mês. Em média, subiram 0,06%, contra alta de 0,78% na última semana de fevereiro.
Já nos hipermercados houve redução de 0,68%, compensando em parte o reajuste de 0,94% do final do mês passado.
Os dados são do Datafolha, que pesquisa semanalmente os preços em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo.
A pesquisa feita pelo Datafolha abrange produtos nos setores de alimentos, artigos de higiene e de limpeza.
Política cambial
As novas regras cambiais começam a afetar os negócios nos supermercados.
As alterações no câmbio estão deixando os fornecedores nervosos, afirma Firmino Rodrigues Alves, presidente em exercício da Apas (Associação Paulista de Supermercados)
Os efeitos das novas medidas, no entanto, não devem surtir efeito de imediato sobre os preços, o que ocorrerá a partir de abril.
O único reflexo imediato das alterações no câmbio foi sobre o bacalhau, que teve sua venda suspensa pelos fornecedores dos supermercados.
Estão sendo negociadas novas bases de preços para o produto, com aumentos de 5% a 10%, afirmou Rodrigues.
Em abril, os paulistanos vão pagar mais também pelos derivados de leite, que vão aumentar 10% na segunda quinzena deste mês.
Os novos preços chegam às prateleiras dos supermercados a partir de abril.
Reajustes menores
A pesquisa desta semana do Datafolha mostrou que os preços praticados pelos supermercados são atualmente 1,43% inferiores aos do pico registrado na chegada do Real, ao final de junho de 94.
Os reajustes de preços nos hipermercados têm sido em ritmo menor. Os preços atuais ainda estão 3,61% abaixo dos do final de junho.
A pesquisa do Datafolha mostra, ainda, que os preços estão ficando cada vez mais uniformes.
As diferenças de preços de um estabelecimento para outro, que já estiveram em 600% no início do Plano Real, têm agora um único produto com margem superior a 200%: o palmito. A segunda maior diferença fica para a farinha de milho, com 165%.
As principais altas da semana nos supermercados ficaram, mais uma vez, com os hortifrutigranjeiros, puxadas pelos reajustes de tomate e verduras. O setor continua sentindo os efeitos da chuvas recordes deste ano.
As carnes, após o aumento médio de 2% na última semana de fevereiro, voltaram a subir no início de março (mais 0,67%).
O principal aumento do período ficou com o frango. Refletindo a recuperação dos preços no atacado, após forte quedas nas últimas semanas, o quilo do frango resfriado subiu 4,9% para os paulistanos nos supermercados.
Outra pesquisa do Datafolha mostra que os alimentos básicos também estão com pouca variação de preços. Em média, a alta de 23 itens acompanhados semanalmente foi de 0,44%. O destaque ficou para o tomate, que teve reajuste de 23,75%.

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