São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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Fipe apura aumento de 1,61% em São Paulo

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Março começou com alta nos preços. A inflação da primeira quadrissemana do mês, calculada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), ficou em 1,61%, uma alta de 0,29 ponto percentual em relação ao 1,32% apurado em fevereiro.
Alimentação, com aumento de 0,88 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior (1,47% agora contra 0,59% de fevereiro), foi o grupo que mais contribuiu para a aceleração da inflação.
Também tiveram forte pressão altista no IPC (Índice de Preços ao Consumidor) os aluguéis (9,69%) e a educação (3,91%).
Neste último grupo, a alta foi impulsionada pelo reajuste de 5,32% nas mensalidades escolares. Em fevereiro, as mensalidades haviam subido 1,15%. A previsão da Fipe é que os gastos com educação aumentem até 20% em março.
Heron do Carmo, assistente de coordenação do IPC, diz que a taxa de março deve variar entre 2% e 2,5%. "Somente as altas dos aluguéis e das escolas devem significar um índice de 1,3% em março e há os demais reajustes."
O grupo alimentação, afirma Heron do Carmo, que segurou as baixas taxas de janeiro e fevereiro, devem subir em março.
Segundo ele, puxam a inflação para baixo em março os gastos com vestuários, com queda de 2,24% nesta primeira quadrissemana devido às liquidações de verão, e os serviços. "Apesar de altos, o preço dos serviços tende a se estabilizar", diz Heron.
Juarez Rizzieri, coordenador do IPC, afirma que ainda é cedo para apontar altas de preços em consequência da desvalorização do real. "O problema do câmbio é a expectativa de alta de preços gerada pelo aumento do dólar."

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