São Paulo, domingo, 12 de março de 1995
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Especialistas recomendam fundos DI

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

Neste momento de incerteza, o investidor deve procurar aplicações conservadoras, como fundos de commodities DI (Depósito Interbancário).
O conselho é dado por dois especialistas em opções de investimento: Claudio Stocco Lellis, diretor-executivo do Lloyds Bank, e Antônio Carlos Soares Luna, diretor do Banco Banorte.
Para Lellis, a vantagem dos fundos DI é que eles acompanham o comportamento dos juros. Se as taxas disparam, eles seguem a mesma tendência.
Quem aplica em cadernetas de poupança ou CDBs (Certificados de Depósito Bancário) prefixados corre o risco agora de perder dinheiro, por causa das incertezas, alerta Lellis.
As taxas de juros estão disparando no mercado futuro de DI e as cadernetas e os CDBs prefixados são mais lentos no acompanhamento da alta do custo do dinheiro.
Caso ocorra uma alta nas taxas inflacionárias, o mercado de CDI também acompanha.
Lellis não sugere os fundos cambiais, o dólar no paralelo e o ouro. Ele acredita que as aplicações que rendem juros devem ter rentabilidade maior do que as que são vinculadas à variação do dólar.
Fundo cambial, diz ele, é só para quem tem medo de uma explosão nas cotações do dólar, mas "esta não é uma regra geral para todos os investidores".
Luna, do Banorte, lembra que os fundos de commodities permitem o resgate a qualquer momento, passada a carência inicial de 30 dias.
Os juros subiram em função da necessidade de estabilizar o sistema financeiro após as mudanças cambiais e enquanto são aguardadas as revisões constitucionais, analisa Luna.
No caso do Banorte, o valor mínimo para aplicar nos fundos de commodities DI é de R$ 20 mil. Para pequenas aplicações, acima de R$ 150,00, ele recomenda os fundos de renda fixa de curto prazo.
Esses fundos possibilitam retirar o dinheiro a qualquer momento e com 75% do dinheiro aplicado em títulos privados e o restante em papéis públicos.
Outra indicação para quantias menores de recursos é a caderneta de poupança. Luna observa que a rentabilidade segue a TR mais os juros de 0,5% ao mês. A dificuldade é a falta de flexibilidade (as retiradas com rendimento só ocorrem a períodos de 30 dias), diz.

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