São Paulo, domingo, 12 de março de 1995 |
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Ibope e Nielsen têm o mapa da mina
IVAN FINOTTI
Há dez anos detentor do monopólio da medição de audiência, o Ibope agora vai ter que brigar com o instituto norte-americano Nielsen. O novo concorrente planeja iniciar suas operações em abril ou maio. A entrada da Nielsen no mercado foi financiada em parte pelo SBT. A emissora, célebre por duvidar dos números do Ibope, antecipou US$ 1,5 milhão para a instalação dos equipamentos da Nielsen. O dinheiro será devolvido em forma de serviços, segundo Norton Rodrigues, da Nielsen. O mercado em disputa pelos dois institutos foi, no ano passado, de US$ 7 milhões. Dois terços deste valor saíram das emissoras de TV. O restante, das agências de publicidade. 'PEOPLE METTERS' A medição dos indíces de audiência é feita a partir de cerca de 600 domicílios em São Paulo. São instalados aparelhos chamados "people metters" em 200 domicílios da classe A e B, 200 na classe C e 200 nas classes D e E. O aparelho lê o canal em que a televisão está sintonizada e passa a informação para uma central, sendo, em seguida, distribuída para os clientes do instituto. O "people metter", última geração do aparelho, permite saber não apenas o canal, mas quem o assiste. Através de um controle remoto, os moradores de um domicílio se "identificam", apertando cada um o seu número. Deste modo, o anunciante sabe que tipo exato de público (idade, sexo) assiste cada programa. A maior diferença entre o "people metter" do Ibope e da Nielsen é que o recém-chegado lê canais em UHF. O do Ibope apenas indica que o canal é em UHF, sem especificar qual. Isso garante à Nielsen a clientela da Net e da TVA. O universo considerado pelo Ibope é de 3,98 milhões de domicílios com televisão em São Paulo. Cada ponto corresponde a 39,8 mil domicílios. Texto Anterior: Publicitários apontam erros e acertos Próximo Texto: Audiência média não muda desde 1985 Índice |
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