São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 1995
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Sarney decide acelerar ritmo de trabalho dos senadores

Presidente do Senado veta presença de assessores no plenário

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador José Sarney (PMDB-AP), como presidente do Senado, administra a Casa com rédea curta. Imprimiu um ritmo frenético de votações, instituiu um sistema eletrônico de registro de presença de senadores, controla com rigor o tempo dos discursos e proibiu a permanência de assessores no plenário.
Na sessão da última sexta-feira, havia 47 senadores na Casa, o que garantiria quórum qualificado (maioria absoluta) para votar qualquer matéria importante.
Neste dia, dez projetos foram apreciados em dez minutos (quatro foram aprovados e seis adiados, a pedido de senadores).
Neste ritmo de trabalho, o novo Senado já apreciou 55 dos 66 projetos de lei que estavam prontos para votação, alguns deles parados há cerca de quatro anos. Entre eles, estava o que limita a taxa de juros reais a 12% ao ano.
Sarney quer limpar a pauta da Casa até o dia 15, quando deverão estar votados os 11 projetos que restam na Ordem do Dia.
Em uma iniciativa inédita, o senador elaborou previamente a pauta do mês.
Instalou ainda uma comissão de modernização da Casa, coordenada pelo terceiro-secretário, Renan Calheiros (PSDB-AL), para propor mudanças administrativas e regimentais.
Sarney proibiu que os funcionários do plenário chamem senadores a pedido dos jornalistas que querem entrevistá-los durante a sessão.
O peemedebista pretende acabar com a representação da Casa no Rio de Janeiro, conhecida como "Senadinho", considerada inútil.
Será feito também um levantamento dos funcionários do Senado, para verificar se há fantasmas.
Uma das primeiras medidas adotadas pela Mesa Diretora, ao assumir, foi proibir a publicação de material estranho à atividade legislativa na gráfica do Senado.
Sarney afirma que pretende acabar com o "turismo" dos senadores e vai exigir um relatório de cada um que viajar em missão no exterior.

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