São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 1995 |
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Músico é novo presidente do Bird
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Por tradição, o presidente do Banco Mundial é norte-americano e o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) é europeu. Wolfensohn criou em 1991 um banco de investimentos que tem o seu nome. Antes, trabalhou para várias instituições financeiras, inclusive a Solomon Brothers. Nos últimos cinco anos, Wolfensohn também foi responsável pela administração do Kennedy Center, principal centro de artes de Washington. Além de banqueiro bem-sucedido, Wolfensohn também teve êxito como esportista e músico: particiou da equipe australiana de esgrima nas Olimpíadas de 1956 e é um bom celista, com recitais elogiados no Carneggie Hall, em Nova York. Ele estava em campanha pelo cargo de presidente do Banco Mundial desde que o atual ocupante do cargo, Lewis Preston, anunciou que renunciaria por motivos de saúde. Outros candidatos eram o subdiretor do FMI, Stanley Fischer, o subsecretário do Tesouro dos EUA, Lawrence Summers, e o presidente do Eximbank, Kenneth Brody. Wolfensohn estava sendo considerado com menores chances por causa de sua idade: 61. Um dos supostos requisitos para a sucessão de Preston eram as chances de seus sucessor completar dois mandatos de cinco anos para dar estabilidade administrativa ao banco. Os outros três candidatos são pelo menos dez anos anos mais jovens do que Wolfensohn. As entidades não-governamentais que comandam a campanha "50 Anos É o Suficiente", que prega a extinção do Banco Mundial e do FMI, protestaram contra a indicação de Wolfensohn. "Mais uma vez, um especialista de Wall Street chega à Presidência do Bird. Suas conexões como banqueiro, não o conhecimento que tem das necessidades dos pobres, o colocaram nessa posição", dizem elas. Texto Anterior: A agricultura reencontra o rumo Próximo Texto: Dinheiro retorna à poupança em março Índice |
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