São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 1995
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Convênio exclui particulares

DA REPORTAGEM LOCAL

Os representantes da Universidade del Valle se baseiam em um acordo firmado entre o Brasil e a Bolívia em 1958, que previa o intercâmbio entre instituições dos dois países, para comprovar a validade do diploma.
Segundo Fernando Sanmartini, encarregado da seção de educação da Embaixada da Bolívia no Brasil, este convênio só envolve universidades federais.
Para ele, a prova de que a Univalle não faz parte do acordo é que a universidade não é gratuita e os estudantes têm que pagar uma taxa de US$ 25 para obter o visto de estudante junto à embaixada.
"Quando o estudante faz parte do convênio não é cobrada nenhuma taxa", diz.
Sanmartinni explica que, no caso dos estudantes interessados em cursar universidades particulares, a única coisa feita pela Embaixada da Bolívia é a concessão do visto de estudante.
Segundo ele, o caso da validade do diploma é de responsabilidade exclusiva do Ministério da Educação do Brasil. A validação automática só acontece com estudantes que cursam universidades no exterior através do Programa de Estudante-Convênio.
Segundo Maria de Lourdes Nogueira, coordenadora do Programa de Intercâmbio da Secretaria de Ensino Superior do Ministério, quem obtém um diploma no exterior em uma universidade que não faz parte do programa tem que apresentar uma série de documentos para tentar a revalidação.
É o caso dos estudantes que se formarem pela Universidade del Valle. O pedido deve ser feito em alguma universidade pública do Brasil que mantenha o curso feito no exterior.
O pedido de revalidação será analisado por uma comissão da universidade e pode até mesmo ser negado.

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