São Paulo, terça-feira, 14 de março de 1995 |
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Procuradoria denuncia 16 empresas por envolvimento com esquema PC
OLÍMPIO CRUZ NETO
Na ação de reparação de danos, o Ministério Público quer proibir as empresas acusadas de realizar qualquer serviço ao poder público pelo prazo de dez anos. A ação cita também o ex-presidente Fernando Collor e o próprio PC Farias. A Procuradoria pede a condenação de ambos, para que indenizem os cofres públicos nos mesmos valores que receberam das empresas, além da suspensão dos seus direitos políticos por dez anos, conforme determina o artigo 15 da Constituição. Caso seja condenado, Collor pode vir a pagar ainda multa no valor de cem vezes superior ao que recebeu durante o período em que exerceu o cargo de presidente da República. É a segunda ação desse tipo movida pelo Ministério Público contra empresas acusadas de ter colaborado com o esquema PC. Na primeira ação, as empresas conseguiram sustar a tramitação no TRF (Tribunal Regional Federal). Além das empresas do grupo Votorantim, são citadas as construtoras Tratex, Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Mendo Sampaio, Cetenco e a Cooperativa Regional de Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas. Outro lado O presidente do grupo Votorantim, José Ermírio de Moraes Neto, disse que só poderia se manifestar hoje sobre a ação proposta pelo Ministério Público. O empresário disse que ainda não havia sido informado da existência do processo. "Precisamos analisar essa questão juridicamente", afirmou. Até o fechamento dessa edição, não havia diretores que pudessem se manifestar sobre o assunto na construtora Tratex. Na Odebrecht, Cetenco e Andrade Gutierrez o telefone não atendia. O mesmo ocorreu com a Cooperativa de Açúcar e Alcool de Alagoas. Texto Anterior: Sarney propõe 'mutirão' pelo real Próximo Texto: CEI do Banespa isenta Quércia e Fleury Índice |
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