São Paulo, terça-feira, 14 de março de 1995
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Estilo de livro didático dificulta capacidade comunicativa de aluno

DA REPORTAGEM LOCAL

Os livros didáticos utilizados pelas escolas brasileiras, e o trabalho que é realizado a partir deles nas salas de aula, privilegiam uma noção de estilo restrita ao estudo da construção formal de figuras de linguagem típica de textos escritos segundo as normas da gramática normativa. O estilo existe em todo o texto e dificulta o desenvolvimento da competência comunicativa dos estudantes.
A tese é de Vanda Maria da Silva, a professora de português da Pontifícia Univiersidade Católica de São Paulo (PUC—SP), e foi apresentada como trabalho de mestrado na mesma universidade. "Estilo, escrita e subjetividade: uma contribuição ao ensino de língua portuguesa", orientada por Sueli Marquesi, obteve nota dez, com distição e louvor.
Para desenvolver a pesquisa, Vanda avaliou livros didáticos e aplicou questionários a professores e alunos do "primeiro grau maior" (5a a 7a séries).
Para o desenvolvimento da "competência comunicativa", a pesquisadora propõe o emprego de uma "pluralidade de textos" em sala de aula, textos estes que possam dar conta de situações de comunicação que escapam às possibilidades oferecidas pela norma oficializada da língua. Isto é, é privilegiada a "estratégia" que capacita quem escreve a adaptar o seu discurso para cada tipo de situação.

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