São Paulo, terça-feira, 14 de março de 1995
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Don Giovanni, eterno sedutor da bola

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, não é que o Santos seja a bola da vez.
O Santos é a vez da bola. Com bala.

Líder invicto, enfiou uma tripleta no Guarani, lá em Campinas.
O Santos está como o Dorival Caymmi: compondo belas canções praieiras.

A disparada do Santos põe fervura no clássico de amanhã, contra o Corinthians. Emoções, emoções, emoções...

Desde Tirso de Molina, o Don Giovanni continua sendo o eterno sedutor. Que bola resistiria a tanto encantamento?

O Guarani não teve paciência e mandou embora o moderno empreendedor Oswaldo Alvarez, o Vadão.

Vadão foi para o Araçatuba: três jogos, três vitórias. Reparte a liderança.
Já o Guarani...

Valdir "Marlon Brando" Espinosa acertou a mão, ou melhor, acertou o time.
Duas vitórias de expressão, contra o Emelec e contra o zen-São Paulo.
As duas sem o Edmundo.

O São Paulo foi ao Japão e lá aprendeu, com a filosofia zen, que o nada pode significar tudo.
Levou para campo o seu futebol nada, o seu futebol zen. Ou como diria o grande futebolista Marscicano, levou para campo o seu "vazio embalado a vácuo".

Alô, alô, Mário Sérgio: acho que o negócio é liberar a teenbolada do Parque.
Quem tem ataque não tem medo.

Se o Viola acerta aquela bike...

O PT, ôôôps, a Portuguesa Trabalhadora faz campanha de gente grande.
Quem sabe o Candinho não conta os seus segredos para o Lula tirar o seu partido da atual situação na tabela?

Neeense. Neeense. Neeense.
É a vingança do Nélson Rodrigues contra o Ruy Castro.

Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas está caindo a média de gols no Campeonato Paulista.

Assisti a duas partidas do fraco time do outrora garoto travesso, o Juventus.
Nas duas, só um jogador estava acima do nível: o jovem zagueiro Sangaleti.
O Datafolha (aliás, a TV Bandeirantes está fazendo um bom uso das estatísticas do Datafolha, um avanço inegável em termos de modernização da cobertura do futebol) informa:
Sangaleti é o jogador que mais desarma no Paulista, com uma média de 25 desarmes por jogo. Está muito à frente do segundo colocado, o festejado (com razão) Gilmar da Portuguesa.

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