São Paulo, quinta-feira, 16 de março de 1995
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Oaxaca é uma escala obrigatória no país

ROGÉRIO C. DE CERQUEIRA LEITE

No México
Oaxaca é um conto de fadas. Sente-se o encantamento em todos os cantos da cidade cuja arquitetura colonial data dos séculos 17 e 18. Há, todavia, ainda muitas edificações do século 16.
A cidade fica ao pé do Monte Albán, sítio escolhido pelos antigos zapotecas, contemporâneos de Teotihuacán e das primeiras cidades maias, para construção de sua cidade imperial.
Já no terceiro século antes de Cristo, quando os maias mal começavam a se urbanizar e apenas os olmecas mostravam um amadurecimento cultural significativo, os zapotecas se instalavam em Monte Albán.
E lá ficaram por 12 ou 13 séculos quando derrotados pelos mixtecas tiveram que se recolher à vizinha Mitla.
Foi possivelmente no início de Monte Albán que se estabeleceram os dois primeiros calendários, o de 365 dias e o de 260 dias e sua correlação mística.
A teoria dominante é que Monte Albán é uma cidade cerimonial dedicada à paz colocada em um morro infértil próximo às cobiçadas terras férteis dos vales adjacentes.
Monumentos
A cada guerra segue-se um período de paz e um novo monumento seria erigido em Monte Albán. Em torno foram encontrados centenas de túmulos pequenos e grandes, alguns deles muito ricos.
Muitos ainda estão para ser explorados adequadamente. Mas Monte Albán, por si só, já é tão rico quanto Palenque ou Teotihuacán.
Em torno de Oaxaca, vilarejos zapotecas ou mixtecas mostram a imensa habilidade dos índios da região para artes populares.
Trabalhos em madeira, tapeçaria, tecelagem em geral e ourivezaria se associam a costumes locais em pequenos vilarejos. É uma parte essencial de uma visita ao México.

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