São Paulo, quinta-feira, 16 de março de 1995
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Teotihuacán é um mundo à parte

ROGÉRIO C. DE CERQUEIRA LEITE

No México
Embora tenha quase a mesma base que os Quéops, no Egito, a pirâmide do Sol em Teotihuacán é bem menos alta.
Quéops, a maior das pirâmides de todo o Egito, tem 237 m de lado na sua base, enquanto a pirâmide do Sol tem 225 m. Mas a altura desta última é de 65 m enquanto aquela de Gizé é de 1348 m.
Não obstante essa diferença de altura, as pirâmides do Sol e da Lua na cidade de Teotihuacán constituem a moldura para um dos mais espetaculares cenários do mundo antigo.
Contrariamente ao que ocorre com as quatro magníficas, mas isoladas, pirâmides de Gizé, aqui em Teotihuacán ainda resta uma cidade sacra completa com uma imensa avenida de 2,5 quilômetros, que vai desde a pirâmide da Lua até o templo do Deus Serpente Empenada, ladeada de templos, túmulos e outros monumentos.
Em torno desta cidade cerimonial, estabeleceu-se uma metrópole que em seu apogeu, por volta do século sexto, teria atingido a população de 250 mil habitantes, a maior de seu tempo no mundo.
Abandonada, deu lugar a outras hegemonias. Xichicalco, Tula e finalmente Tenochitlán. Esta última parecia destinada ao mesmo sucesso duradouro de Teotihuacán, não fosse a arrasadora chegada do conquistador espanhol Hernán Cortês.
Tula, sede da cultura tolteca, pode ser visitada, assim como Teotihuacán, da Cidade do México. Escavações no coração da capital mexicana, em 1927, permitiram recuperar tesouro imenso e o sítio de um templo asteca.
O turista deve iniciar sua visita na Cidade do México e no próprio México pelo Museu de Antropologia. Lá encontrará dois museus superpostos. As culturas pré-colombianas, todas elas. E um museu sociológico sobre os atuais povos desse diversificado país.
(RCCL)

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