São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 1995 |
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75% dos leitos serão ocupados por rede pública
DA REPORTAGEM LOCAL Para receber o terreno como doação da prefeitura, a Fundação do Fígado se comprometeu a manter 75% dos leitos do hospital para pacientes do serviço público de saúde, o SUS (Sistema Único de Saúde). Os 25% restantes serão ocupados por particulares.Segundo Raia, o financiamento para a construção do hospital deverá ser obtido através de linhas de crédito para projetos sociais de órgãos federais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e a Caixa Econômica Federal. Atualmente, a Unidade do Fígado do Hospital das Clínicas tem apenas 22 leitos. A demanda por este tipo de tratamento é alta. Pacientes que têm problemas no fígado devido à esquistossomose (verminose que atinge 8 milhões no país), alcoolismo ou hepatite crônica necessitam de tratamento especializado. O novo hospital também deve se especializar no tratamento de alcoólatras. Estima-se que 18 milhões de pessoas no país sejam dependentes de álcool. O novo hospital servirá ainda para pesquisa. A fundação fechou um acordo com a Universidade de São Paulo para desenvolver ali cursos de pós-graduação na área de fígado. O prédio do instituto deverá ter a forma hexagonal (com seis lados). Ele é inspirado no "lóbulo" do fígado. Trata-se da unidade funcional do órgão. Milhões deles juntos formam o fígado. Como o terreno está acima do nível da marginal, deve ser construído um elevador como o elevador Lacerda, de Salvador (BA). O ex-deputado federal Florestan Fernandes (PT) é um dos entusiastas do projeto. Paciente de Raia desde que uma hepatite atingiu seu fígado, ele afirma que o instituto trará "grande benefício para o tratamento e para a pesquisa na área das doenças hepáticas no Brasil". Texto Anterior: Câmara vota doação de área a megahospital Próximo Texto: FHC quer integração maior entre hospitais Índice |
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