São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 1995 |
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O potencial do mercado espanhol
MARCELO CHERTO; MARCUS RIZZO MARCELO CHERTO & MARCUS RIZZOUm dos autores desta coluna aproveitou a semana de Carnaval para ir à Espanha prospectar negócios para clientes. Dando também um jeito de visitar alguns museus, que é obrigação de todo mundo estar sempre buscando reduzir seu cabedal de ignorância. E de comer umas boas paellas e tomar umas sangrias, que ninguém é de ferro. Deu para perceber várias coisas. Por exemplo: 1. o Brasil está um país absurdamente caro, mesmo se comparado à Espanha, que não tem tradição de custo de vida baixo; 2. mesmo com seu nível de vida alto e o espírito nacionalista de seu povo, a Espanha tem gerado poucas franquias locais. A maioria das franquias por lá são "importadas" da França, da Inglaterra, dos Estados Unidos e até mesmo do Brasil, como é o caso da loja de "O Boticário" que se encontra em Madrid, pertinho da Puerta del Sol; e, 3. há um potencial enorme para a "exportação" de franquias brasileiras para a Espanha, que pode funcionar como porta de entrada para o resto da Europa. Só que tem uma coisa: neguinho, para ir para lá, precisa estar muito bem estruturado. Precisa ser profissional, que essa onda de "deixa-comigo-que-no-fim-tudo-dá-certo" já não está funcionando nem aqui nesta terra de índios, que dirá num mundo mais civilizado... Já está em obras a nova loja Arby's em São Paulo. Fica na Faria Lima, quase esquina da Cidade Jardim, onde antes estava a principal loja da Hobjeto. Vai ser um show em termos de visibilidade da marca. Ficamos felizes pela Arby's, que é nossa cliente, e tristes pela Hobjeto, que foi uma das pioneiras do franchising no Brasil e que tem tudo para ser um sucesso no ramo, mas parece estar precisando de uma boa chacoalhada. Dizemos isso com o maior carinho, até pela ligação afetiva que temos com a empresa, cujos dirigentes nos apoiaram bastante quando fundamos a Associação Brasileira de Franchising, nos idos de 1987. Amanhã têm início as aulas da 1ª Turma da Franchising University. A última turma deste semestre. Depois, só lá para agosto ou setembro. Pouca gente sabe, mas a Holiday Inn International já abriu em São Paulo um escritório cujo único objetivo é vender franquias. É parte da implementação daquele Plano de Negócios, já noticiado por esta coluna há quase um ano, que prevê a concessão, no Brasil, de pelo menos 50 franquias de hotéis Holiday Inn nos próximos 5 anos. Serão principalmente unidades Holiday Inn Express, hotéis menores e de custo operacional mais baixo, mas confortáveis e confiáveis. MARCELO CHERTO é diretor da Cherto & Rizzo Franchising. MARCUS RIZZO é presidente do Instituto Franchising. Os dois são professores da FGV e da Franchising University, além de autores de diversos livros sobre franchising. Texto Anterior: Ciclo sobre qualidade total tem palestra hoje Próximo Texto: Repensando o Estado Índice |
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