São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995
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Reconheça os velhos pilotos

Veteranos do terceiro escalão são maioria nesta temporada

DA REPORTAGEM LOCAL

Apenas três dos pilotos que estão inscritos para o GP do Brasil deste ano já sentiram a emoção de subir ao lugar mais alto do pódio: Michael Schumacher, Damon Hill e Gerhard Berger.
Essa falta de vencedores poderia refletir uma renovação da categoria, com jovens pilotos ascendendo das categorias de formação. Mas essa não é a regra este ano.
Figuras já conhecidas do público, principalmente por ocupar as partes menos nobres do grid, estão de volta. É o caso da brigada japonesa formada por Aguri Suzuki (Ligier), Takachiho Inoue (Arrows) e Hideki Noda (Simtek).
Os três participaram de algumas provas no campeonato do ano passado, mais por força de patrocinadores, que bancaram o aluguel de carros em equipes pequenas.
Suzuki, aliás, é o mais experiente. Já disputou 59 corridas e sua melhor classificação no campeonato é um décimo posto, em 90.
Seu nome parece ter sido uma imposição da Honda, que fornece motores para a equipe francesa através da Mugen. Mas deve revezar o volante com o inglês Martin Brundle, em um rodízio que não tem uma regra muito definida.
Dois jovens italianos também podem ser incluídos neste grupo. Um deles é Luca Badoer, que correu em 93 pela Lola e registrou apenas 12 participações no currículo. Este ano, na Minardi, será companheiro de Pierluigi Martini, que em 110 GPs disputados somou apenas 18 pontos.
Já Andrea Montermini, que estreou mal em 94 —sofreu um acidente sério com um Simtek nos treinos para o GP da Espanha—, tem uma segunda chance pela Pacific.
O piloto conta ainda com uma experiência na Indy, na qual teve participações em algumas provas em 93 e em 94.
Na Tyrrell, outro piloto que não conta com uma carreira especialmente brilhante faz sua estréia. É o finlandês Mika Salo, que chegou a correr duas provas na temporada de 94 pela Lotus.
Em sua primeira corrida, porém, surpreendeu ao carregar seu Lotus do 22º lugar do grid até a 10ª posição no Japão. Na Austrália, porém, teve que abandonar com problemas de motor.
Debutante de verdade, este ano, a F-1 terá apenas um: o brasileiro Pedro Paulo Diniz, que ascendeu à categoria junto com sua equipe Forti Corse graças a patrocínios alavancados por sua família, proprietária do Grupo Pão de Açúcar.

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