São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995
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Roteiro pelo país evita milícia muçulmana

DO "THE NEW YORK TIMES"

Segurança melhorou, mas fuja de cruzeiros pelo Nilo entre Cairo e Luxor; deve-se chegar ao sul de avião
Cairo, uma poeirenta e agitada metrópole de 14 milhões de habitantes, é o centro cultural e artístico do Oriente Médio, também conhecida como Um al Dunya, ou Mãe do Mundo.
Seus cafés, teatros e atrações históricas atraem dezenas de milhares de turistas por ano, muitos dos quais seguem até o sul do Egito para conhecer os monumentos antigos de Luxor e Assuã.
Os atentados cometidos por militantes islâmicos nos últimos dois anos causaram graves prejuízos ao turismo, que está apenas começando a recuperar-se agora.
A repressão do governo aos fundamentalistas, que incluiu a execução de vários de seus dirigentes, melhorou a segurança no Cairo.
Aconselha-se aos turistas interessados em visitar os monumentos faraônicos no sul do Egito que evitem os cruzeiros pelo rio Nilo, entre o Cairo e Luxor.
Já o percurso entre Luxor e Assuã em navio é considerado seguro. Os ônibus que fazem o trajeto, passando por povoados e pequenas cidades, também são alvos frequentes dos militantes. O mais recomendado é ir do Cairo aos sítios arqueológicos do sul de avião.
Para apreciar a cidade do Cairo é preciso mergulhar nela, abraçar sua confusão com o prazer dos exploradores. Há centenas de cantos e lugarzinhos a visitar.
Como Nova York, Cairo costuma revelar seus melhores aspectos tarde da noite. As dançarinas do ventre, por exemplo, não pisam no palco antes da meia-noite.
Os egípcios são um povo caloroso e paciente que, apesar da pobreza, raramente se envolve em crimes violentos. Sempre se pode conseguir orientação e assistência das pessoas na rua.
É aconselhável vestir-se com sobriedade no Cairo, especialmente agora, com a ascensão do fundamentalismo islâmico. Mulheres devem usar saias e mangas longas. Homens devem evitar bermudas e camisetas regata.
Praticamente todo mundo, desde o mensageiro do hotel até o porteiro, espera uma gorjeta, que não precisa ser maior que US$ 1.
As revistas "Places in Egypt", "Egypt Today" e "Cairo's Guide", disponíveis em bancas de jornais, têm roteiros de eventos e lugares a serem visitados.

LEIA MAIS
Sobre o Egito na pág. 6-10.

Tradução de Clara Allain

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