São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995
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Religião e cultura estão por toda a capital

DO "THE NEW YORK TIMES"

Museu preserva tesouro de Tutankhamon; igrejas cópticas, mesquitas e sinagogas ajudam a contar a história local
O Museu Egípcio é o melhor de todos os do Cairo. Fica na praça Tahrir, ao lado do hotel Nile Hilton. O prédio, construído há um século, abriga a maior coleção de peças faraônicas, incluindo o tesouro de Tutankhamon.
Devido ao enorme volume de material, muitas das grandes salas abobadadas ficam repletas de objetos, expostos de maneira aleatória. Algumas reformas, no entanto, já começaram a incluir o museu na era moderna.
Os turistas que quiserem apreciar a beleza intocada das pirâmides de Gizé, na periferia do Cairo, devem aproximar-se a cavalo.
Aproxime-se das pirâmides por trás, vindo do deserto, e você evitará o barulho e a agitação que as cercam do outro lado.
Pegue um táxi da praça Tahrir até os estábulos situados 1,6 km depois da Esfinge. Contate o estábulo MG (tel. 385-1241) com antecedência e especifique seu grau de habilidade hípica.
Todas as noites há um espetáculo de som e luz em seis línguas diferentes nas pirâmides. O ingresso custa cerca de US$ 5,50.
A 5 km das pirâmides, na estrada para Sakkara, fica o Wissa Wassef Art Center, onde artistas do vizinho povoado de Harrania tecem coloridas e detalhadas tapeçarias de lã e algodão retratando cenas da vida rural egípcia.
As mais antigas igrejas cópticas do Egito ficam no distrito sul do Velho Cairo, entre os muros da fortaleza romana parcialmente preservada de Babilônia.
A igreja Abu Serga (São Sérgio), na rua Mari Gerges, data dos séculos 4º e 5º.
Acredita-se que foi ali que José, Maria e Jesus se hospedaram depois de fugir das tropas de Herodes, refugiando-se no Egito.
A poucas vielas de distância fica a sinagoga Ben Ezra, que contém registros da vida judaica na Antiguidade como um Torá escrito em pele de gazela (século 5º a.C.) e um manuscrito medieval conhecido como o "Atlas de Moisés".
Para ter um vislumbre do lado islâmico do Cairo, visite a mesquita al-Azhar, na praça Hussein, ao lado do bazar Khan al-Khalili.

Hotéis
O hotel Marriott tem vista para o Nilo. Construído originalmente em 1869 como palácio para a imperatriz Eugénie, mulher de Napoleão 3º, o hotel tem piscina, lojas, cassino e academia de ginástica. A diária custa US$ 140.
O Mena House Oberoi, outro palácio restaurado, oferece piscina, quadras de tênis, pista para cooper e campo de golfe. O quarto para duas pessoas custa US$ 155.
O imponente Intercontinental Semiramis, outro hotel com vista para o Nilo, fica no Corniche, perto da praça Tahrir. Tem piscina e academia de ginástica. As diárias começam em US$ 145.
Fundado há cem anos, o hotel Windsor era o clube dos oficiais coloniais britânicos. Tem 50 quartos. Os duplos custam US$ 41, com café da manhã incluído.

Onde comer
Uma das melhores opções de cozinha egípcia é o Al Mashrabia. O prato principal custa cerca de US$ 24 para duas pessoas. Uma das especialidades é a sopa de legumes "mollokhia", com coelho.
O Felfela Gardens é muito frequentado por turistas e tem ambiente simpático. Uma refeição para duas pessoas sai por US$ 14.
O Moghul Room, no final da Pyramids Road, serve comida indiana acompanhada por música ao vivo. O jantar para duas pessoas custa US$ 120.
Quem quer comida libanesa deve procurar o Scoozi. Uma refeição de três pratos para duas pessoas custa cerca de US$ 25.

Dança
A dança do ventre é parte tão integrante do Egito quanto o rio Nilo. Fifi Abdou, uma das melhores dançarinas do Egito, se apresenta na boate Layaleena, geralmente por volta da meia-noite.
É preciso fazer reservas com pelo menos um dia de antecedência. O preço, US$ 35, também inclui "kebab", frango e "mezza".

Tradução de Clara Allain

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