São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995 |
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Explorador escocês revelou e batizou cachoeiras
SILVIO CIOFFI
Sua frase profética "andai por todo o planeta e surpreendei-vos com os homens, os animais e a geografia" é um quase mandamento dos viajantes. Calvinista, Livingstone estudou teologia, grego e trabalhou com determinação desde os dez anos. Nascido na Escócia e de origem humilde, esse viajante-missionário construiu uma biografia diferente das de Burton, Speke, Grant e Baker, exploradores provenientes das altas classes inglesas. Já membro da Sociedade Missionária de Londres, chegou em 1841 à Cidade do Cabo. Nos 30 anos seguintes viajou pela África Meridional, Oriental e Central, raramente retornando ao Reino Unido. Empreendeu entre 1854 e 1856 a primeira travessia do continente seguindo o rio Zambezi. Foi nessa viagem que descobriu as cataratas de Vitória, em 1855. Em 1871, quando procurava as nascentes do rio Nilo na região do lago Tanganica, foi alcançado pelo jornalista Henry Morton Stanley. Doente, Livingstone ainda viajou quatro meses em companhia do jornalista, recusando-se porém a voltar com ele à Inglaterra. Deixou publicados "Viagens e Investigações de um Missionário na África do Sul" (1857), "Narração de uma Expedição ao Zambezi e seus Afluentes" (1865) e a obra póstuma "Últimos Diários de Livingstone na África Central" (1874). Expedicionário incansável, David Livingstone morreu na aldeia de Chitambo, Zâmbia, no dia 1º de maio de 1873. Os nativos o encontraram ajoelhado ao lado da cama, como se estivesse rezando, e enterraram seu coração em solo africano. O corpo de Livingstone está sepultado em Londres, na abadia de Westminster. Texto Anterior: Quedas são 'maravilhas' no sul da África Próximo Texto: Parques sofrem "inflação" de elefantes Índice |
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