São Paulo, domingo, 26 de março de 1995 |
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Gerente vê por ano 500 horas de filme Cinéfilo diz que festa é falsa e cafona LÚCIA MARTINS
Fazendo as contas, ele gasta 500 horas em um ano no cinema, equivalente a passar 21 dias internado em uma sala escura. Graduado em cenografia na Universidade de Brasília, Mendonça pega pelo menos quatro sessões nos finais de semana. Seu filme preferido é "Cidadão Kane", mas foi "Help", dos Beatles, que mais viu. "Quando era adolescente, entrava no cinema para ver Help às 14h e só saía à noite. Acho que já vi umas 60 vezes." Todos os anos ele compra uma agenda só para recortes de jornal dos filmes da semana que pretende assistir. Assim, ele pode relembrar que filmes viu e quando. O episódio que ele mais gosta de lembrar é o de sua ida à festa do Oscar em 1982. Convidado por um amigo brasileiro, Mendonça se decepcionou com a premiação. "É tudo falso e cafona", diz. Mendonça conta que aproveitou os intervalos da premiação para "conhecer" famosos. "Não conversei com ninguém, mas apertei a mão de muitos atores. Lembro do Warren Beatty, muito simpático." O seu superinteresse pelo cinema já lhe custou alguns namoros. "A outra pessoa não acreditava que eu saía para ir ao cinema. Achava que era desculpa para uma traição." Agora, antes de começar um namoro, avisa: "A única coisa que quero é que você não me impeça de ir ao cinema". ((LM) Texto Anterior: Brasileira merece Oscar da assiduidade Próximo Texto: Prêmio de melhor nariz para Uma Thurman da Pesada Índice |
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