São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995
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Perícia diz que bombas queriam só assustar

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O Departamento de Criminalística da Polícia Civil de Minas concluiu que as seis bombas que explodiram em Belo Horizonte não tinham o objetivo de deixar vítimas, mas apenas assustar.
A conclusão dos peritos foi feita a partir dos laudos das seis bombas, divulgados na tarde de ontem.
Foram constatados três tipos diferentes de bombas à base de dinamite e fogos de artifício.
O perito Alberto Carlos de Minas disse que somente no caso da bomba no "Estado de Minas" houve preparação do artefato.
Ainda assim, segundo ele, a quantidade de dinamite era insuficiente para se desejar ferir alguém.
A bomba da OAB foi mais elaborada. Foi usada uma garrafa de um litro de iogurte para acondicionar os artefatos e um pavio semelhante ao de uma vela.
O perito Marco Antônio Paiva afirmou que a bomba foi "mal preparada" e que, por esse motivo, pode-se concluir que foi obra de alguém que não entende muito de explosivos.
Os peritos não encontraram nenhum vestígio de artefatos no Sindicato dos Jornalistas, onde também explodiu uma bomba. Segundo o laudo, a perícia foi prejudicada porque o local foi descaracterizado por policiais militares, civis e repórteres.
Pelos danos materiais causados, a perícia deduz que a explosão foi provocada por uma dinamite jogada sobre o telhado.
O Departamento de Criminalística deverá divulgar até amanhã o resultado dos exames nas botas do sindicalista da CUT, Austen Mudado, para saber se há resíduos de pólvora. Ele é apontado pela polícia como suspeito de ter colocado a bomba na OAB.

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