São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995 |
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Portos descartam filas
MÔNICA SANTANNA
No ano passado, foram exportadas pelo porto de Paranaguá 2,263 milhões t de soja em grão e 6,558 milhões t de farelo. O diretor técnico do porto, Luiz Ivan de Vasconcellos, diz que apesar de não ter ocorrido investimentos, a safra será escoada normalmente. O presidente Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná, Areli Teixeira de Lara, não concorda com esta previsão. "Não há um planejamento de escoamento da safra, o que acaba provocando a formação de longas filas de caminhões", disse Lara. No segundo porto em embarque de soja do país, o de Rio Grande (RS), não há risco de congestionamento. O terminal estatal e os três terminais privados têm condições de comportar o dobro do volume previsto. A afirmação é do administrador do porto, Thierry Rios, que prevê o escoamento de 4 milhões de t de produtos da safra agrícola, basicamente do complexo soja. O porto de Santos (SP) reduziu em 50% no valor da tarifa de atracação de navios. A idéia, segundo o presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), Pedro Batoulli, é incentivar a produtividade. Ele disse que está sendo investido R$ 1,5 milhão no reaparelhamento do corredor de exportação e no complexo de exportação de grãos. Segundo estimativas da Codesp, 1,3 milhão de t de soja e mais de 750 mil t de farelos em geral serão exportadas por Santos. Em 94, foram exportadas 1,1 milhão de t. A administração do porto de São Francisco do Sul (SC) irá investir US$ 120 milhões, em quatro anos, na construção de três novos "berços" de atracação de navios e no aprofundamento do canal. O diretor operacional do porto, Osmari Correa da Costa, 50, afirma que o investimento tornou-se uma exigência para evitar o congestionamento, que acontece quando coincidem a exportação de grãos, farelo de soja e de carga geral. A expectativa para este ano é de embarque de 300 mil toneladas de grãos por São Francisco do Sul. Só em farelo de soja, o porto deve embacar um milhão de t este ano. O terminal da Ponta da Madeira, porto administrado pela Companhia Vale do Rio Doce em São Luís (MA), deverá escoar este ano 240 mil toneladas de soja. O volume previsto é 54% superior ao de 94 (156 mil t). Os grãos para exportação vêm do interior do Maranhão e do sul do Pará. Outro porto administrado pela Vale do Rio Doce é o de Tubarão (ES), que este ano deve embarcar 1,1 milhão de t de farelo e soja, oriundos da região Centro-Oeste. No ano passado foram exportadas por Tubarão 1,050 milhão de t, sendo 559,4 mil t de soja em grão e 490,6 mil t de farelo. Colaboraram os correspondentes da Agência Folha em Porto Alegre, Santos, Florianópolis e São Luís. Texto Anterior: Frete pode ficar 80% mais caro no Paraná Próximo Texto: Falta de armazéns preocupa agricultores Índice |
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