São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995
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Boa oferta segura preço

DA AGÊNCIA SAFRAS

A queda dos preços preocupa os produtores de arroz, principalmente no Rio Grande do Sul, maior produtor de agulhinha do país.
A pressão de oferta será muito grande já no período de colheita, aliada à escassez de recursos para sustentação do preço mínimo oficial.
O produto já vinha sendo negociado abaixo do preço mínimo no início da colheita.
Para assegurar maior competitividade ao produto nacional o governo determinou que as importações se realizem com pagamento à vista.
O objetivo é evitar o ingresso maciço de arroz estrangeiro, com prazos de pagamento entre 180 e 360 dias, como aconteceu em 94.
O clima deste ano foi favorável ao desenvolvimento da cultura do arroz.
Assim, mesmo com a redução de 5% na área, a produção nacional pode ultrapassar 11 milhões de toneladas, 5% mais que a safra anterior.
Caso se confirme essa expectativa, o abastecimento nacional para 1995 estará assegurado com sobras.
O consumo está projetado em 11,9 milhões de toneladas.
Há um estoque de quase 2 milhões de toneladas das safras passadas e de saldos de importações de 94.
As importações dos países do Mercosul completam o quadro de oferta.
A Argentina e o Uruguai devem direcionar entre 700 mil e 800 mil toneladas ao Brasil, por ser este seu maior mercado este ano.
Além das condições climáticas favoráveis, a boa safra é consequência do aumento da produtividade das lavouras.
O arroz de sequeiro, cultura que tradicionalmente apresenta baixa produtividade, já dispõe de sementes de melhor padrão genético.
Outra mudança é a não-ocupação de áreas em que normalmente o desempenho produtivo é baixo.
Também tem crescido a área de arroz irrigado, sistema que apresenta produtividade três a quatro vezes superior à da cultura de sequeiro.

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