São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995 |
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Residência médica do HC-USP pode acabar
DA REPORTAGEM LOCAL Os médicos-residentes da Faculdade de Medicina da USP paralisam amanhã suas atividades no Hospital das Clínicas (HC) e fazem passeata na avenida Paulista. O motivo do protesto é a ameaça de que seja descredenciada a residência médica do hospital.A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) estipulou maio como prazo para que sejam corrigidos os valores das bolsas, que estão abaixo do piso nacional. As bolsas na USP e em vários outros hospitais do Estado, cerca de 4.000, são pagas pela secretaria estadual de Saúde. Segundo a Associação dos Médicos Residentes do HC, os residentes perderiam o status de pós-graduandos, teriam menos pontos em concursos públicos e perderiam os títulos de especialistas em várias áreas. Os residentes das Clínicas são responsáveis por quase todo o primeiro atendimento no hospital. Segundo o superintendente do HC, Alberto Kanamura, o trabalho dos residentes poderá ser substituído provisoriamente quase sem prejuízos para o atendimento. O secretário estadual de Saúde, José da Silva Guedes, disse que não pode conceder aos residentes um reajuste maior do que o dos médicos do Estado, que ganham no mínimo R$ 740,00 por 40 horas semanais, o mesmo valor das bolsas dos estudantes (que chegam a trabalhar 60 horas semanais). O piso nacional dos residentes é de cerca de R$ 1.100,00. Texto Anterior: Secretária quer 'redefinição' de carreira Próximo Texto: Fundação faz coleta de sangue em faculdade Índice |
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