São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995 |
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Cavallo descarta 'explosão social'
SÔNIA MOSSRI
Ele reconhece que os bancos provinciais (estaduais) estão em dificuldades e atrasam pagamentos de aposentados e funcionários públicos. "O governo tem as soluções econômicas para que a crise não afete o interior do país a ponto de que ocorra explosão social", afirmou Cavallo. Até agora, o ministro não adotou nenhuma medida prática em relação às dificuldades nas Províncias argentinas. O ex-presidente Raúl Alfonsín (83-89) alertou ontem que a qualquer momento poderão ocorrer "sérios conflitos nas Províncias". Alfonsín, presidente da UCR (União Cívica Radical), partido de oposição, acusou o governo de ter "preocupações eleitoreiras" e esquecer a "grave crise" das Províncias. O clima é de tensão nas Províncias de Rioja (base eleitoral do presidente Carlos Menem), Jujuy, Córdoba, Salta e Tucumán. Ocorrem conflitos diários entre aposentados, funcionários públicos e policiais. Nestas Províncias, houve ontem tentativas de ocupar prédios de estatais, choques com policiais e paralisação de vários setores, como o Judiciário. O governo estadual é o maior empregador nas Províncias. O salário médio não ultrapassa US$ 200. Em Jujuy, Córdoba, Salta e Tucumán, os salários dos funcionários públicos estão atrasados desde dezembro e aposentados não recebem as pensões de fevereiro. Texto Anterior: Argentina deve ter 80 bancos fechados Próximo Texto: Atraso na liberação de recursos emperra safra Índice |
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