São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 1995
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Cidade não cultua folclorista

EDSON FRANCO
DO ENVIADO ESPECIAL

Cascudo não recebeu dos natalenses as homenagens devidas. Poucos são os lugares na cidade que lembram o folclorista. Os que existem estão malconservados.
Exemplo disso é o casarão na rua Junqueira Alves, 377. Nele nasceu Ana Maria, mulher de Cascudo. Além disso, foi lá que eles casaram e tiveram filhos.
Hoje o casarão é a imagem do abandono. Suas paredes rosadas começam a desprender o reboco. A tinta cinza de seus quatro janelões está deixando espaço para as cores que a antecederam.
Qual o primeiro lugar do Brasil onde você iria para encontrar livros escritos por Câmara Cascudo? Se você disse Natal corre grande risco de perder a viagem.
A reportagem da Folha percorreu as quatro maiores livrarias locais —inclusive uma com o nome de Cascudo— e só conseguiu encontrar duas obras menores.
Bom, já que não dá para visitar a casa em que ele morou e nem ler seus livros, o negócio é visitar o museu Câmara Cascudo.
Mas nem lá o visitante fica sabendo mais sobre o autor. No máximo vai ter uma visão sobre ciências que ele ajudou a desenvolver.
Dividido em três setores, o museu tem sua parte mais interessante no de antropologia cultural.
O marco mais representativo da presença do folclorista em Natal é o memorial dedicado a ele. Trata-se de estátua em tamanho natural repousando sobre uma mão espalmada. (EF)

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