São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 1995 |
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Árvore natalense inspirou Exupéry
EDSON FRANCO
Já o asteróide era o lar do "Pequeno Príncipe", obra clássica do escritor e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944). A visita de Exupéry à capital potiguar aconteceu provavelmente entre 1926 e 1930, período em que ele pilotou aviões do correio entre o noroeste da África e a América Latina. Com seu diâmetro de 18,4 metros, o baobá serviu para o escritor fazer uma metáfora sobre o bem e o mal em seu livro. "No planeta do principezinho haviam ervas boas e más. Mas as sementes são invisíveis. Elas dormem no segredo da terra até que uma cisme de despertar. Se é de roseira ou rabanete podemos deixar que cresça à vontade. Mas quando se trata de uma planta ruim, é preciso arrancar logo." Apresentando como motivo o pequeno tamanho de seu país, o pequeno príncipe não podia permitir o crescimento dos baobás em seu território. Botânica Originário da África, o baobá é considerado o maior vegetal existente no mundo. Sua longevidade chega a ultrapassar os mil anos. Com raiz central profunda e raízes laterais grossas, o baobá possui caule de até 20 metros de altura recoberto de casca lisa e de cor acinzentada. Sua madeira leve e porosa pode ser utilizada na fabricação de canoas. Depois de seca, essa árvore concentra muita celulose, matéria-prima do papel. Briga Outras cidades nordestinas que possuem baobás reivindicam para si o privilégio de ter inspirado o escritor francês. Infelizmente, a resposta para essa questão afundou com Exupéry no mar Mediterrâneo. (EF) Texto Anterior: Cidade 'ensinou' turismo a modernista Próximo Texto: Padre desenhou o forte dos Reis Magos Índice |
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