São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 1995 |
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Governo volta atrás e propõe apenas flexibilizar monopólio na navegação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo recuou na proposta de abrir totalmente o mercado de navegação de cabotagem.O ministro dos Transportes, Odacir Klein, foi ontem ao Congresso e defendeu apenas a flexibilização do monopólio. Disse que "não é favorável à retirada total da reserva de mercado". Entende-se como navegação de cabotagem o transporte comercial entre localidades de um mesmo país. A proposta inicial do governo, de abertura total, foi criticada por empresários e também pelo ministro da Marinha, Mauro César Pereira. Hoje, segundo determina a Constituição, somente empresas nacionais podem realizar a navegação de cabotagem. O governo apresentou uma emenda em fevereiro que retira a regulamentação do tema da Constituição, jogando o assunto para um projeto de lei que deverá ser submetido posteriormente ao Congresso Nacional. Reunião Klein participou ontem de uma reunião da comissão da Câmara que analisa a emenda constitucional do governo. "A proposta não acaba com a reserva, remete para legislação ordinária e permite a flexibilização para o que é de interesse nacional", disse Klein. Segundo ele, a revogação total da reserva seria um desestímulo a marinha mercante brasileira. Klein afirmou que os empresários do setor não vêem problemas na abertura na área do turismo, por exemplo. "Se a reserva atual for mantida, ficaremos impedidos de nos integrar", disse Klein. "Não concebo o Mercosul com essa reserva de mercado", afirmou o ministro dos Transportes. Klein anunciou também durante a reunião que o governo está formando um grupo de trabalho, com ministérios ainda a serem definidos, para a implantação da lei de modernização dos portos brasileiros. Texto Anterior: COMO ESTÁ A TRAMITAÇÃO DAS EMENDAS DA REFORMA Próximo Texto: Aposentadoria especial deve ser limitada Índice |
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