São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 1995![]() |
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Carros importados devem subir 35% e volume de vendas pode cair 55% LUIZ ANTONIO CINTRA LUIZ ANTONIO CINTRA; ARTHUR PEREIRA FILHO
A afirmação é do presidente da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), Emílio Julianelli. A avaliação de Julianelli leva em conta a expectativa de negócios para este ano apenas das importadoras independentes, sem incluir as importações das montadoras instaladas no país. Antes do aumento da alíquota de importação, a Abeiva estimava que as vendas das independentes ficariam em torno de 120 mil veículos em 95. Com a alíquota de importação de 70%, as 31 representantes de marcas associadas à entidade, de acordo com o presidente da Abeiva, devem vender 77 mil veículos —número próximo às vendas do ano passado. Ele diz que —com a nova alíquota— o setor deve reduzir em 60% o número de empregos diretos, que hoje é de 25 mil. A principal reivindicação do setor, dizele, é a de que a nova alíquota recaia apenas nos veículos que "ainda não fecharam seus contratos de câmbio". O presidente da Caoa, representante da Renault no Brasil, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, afirma que o aumento em alguns modelos da marca vai chegar a 40%. Ontem, a Renault aumentou seus preços em 5% e hoje vai aumentar em mais 10%, segundo Andrade. A Asia Motors do Brasil, que desde janeiro é a campeã de vendas entre as independentes, vai aumentar seus preços em 25%. Washington Lopes, presidente da empresa, diz que desde fevereiro —quando a alíquota de importação passou de 20% para 32%— os preços dos veículos da Asia foram reajustados em 37,5%. "Da forma que está, vamos sair da faixa de US$ 12 mil e deixaremos de competir com os populares nacionais", diz. Eduardo de Souza Ramos, presidente da Mitsubishi Motors do Brasil, afirma que as vendas da empresa "devem cair 50%". Argentina A marca francesa Peugeot vai importar mais carros da Argentina e Uruguai para compensar o aumento de imposto sobre os veículos fabricados na França. A decisão foi tomada por Thierry Peugeot, diretor-superintendente da Peugeot do Brasil, logo após o anúncio da medida pelo governo. Isso porque os veículos produzidos nos dois países não pagam Imposto de Importação. Colaborou ARTHUR PEREIRA FILHO, da Reportagem Local. Texto Anterior: Electrolux suspende campanha de US$ 5 mi Próximo Texto: Falta regra para produtos embarcados Índice |
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