São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 1995
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'Mira' confronta real e espelho

IA
DA REDAÇÃO

"Na Mira da Morte" (Gazeta/CNT, 20h) foi uma produção bem à moda de Roger Corman. Boris Karloff tinha uns poucos dias de sobra de contrato. Corman pediu a Bogdanovich uma história em que fosse possível utilizar esses dias. Ofereceu o filme para o discípulo dirigir.
Foi uma bela estréia, em que Karloff não é utilizado o tempo todo, mas faz seu último papel de destaque. Ele é uma estrela de filmes de horror que fará sua última aparição pública em um cinema drive-in.
Durante a projeção, aparece um assassino de verdade e, o que era uma festa, transforma-se num filme de horror. Bogdanovich consegue realizar algumas belas sequências. A mais memorável, talvez, seja aquela em que se pode ver ao mesmo tempo o que acontece na tela e Karloff em frente dela.
Bogdanovich ainda não tinha entrado no filão nostálgico que explorou durante alguns anos. Se existe indicação disso, ela fica soterrada sob a idéia de uma realidade que se multiplica, como se o cinema fosse seu espelho.

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