São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 1995 |
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Fernando Zarif expõe suas visões de corpos
RONI LIMA
Com 24 trabalhos expostos, reunindo esculturas, pinturas, desenhos, gravuras e até mesmo fotos de computador, o paulista Zarif consegue interessantes efeitos plásticos. Ao unir, por exemplo, vários cadeados, cria uma escultura que parece um zíper de calça. Com uma escultura de rosto humano com diferentes gradações do branco, em plástico, madeira e fórmica, ele consegue simular uma holografia. Apesar de se pautar basicamente pela arte figurativa, Zarif afirma que com a atual mostra buscou um lado mais abstrato de seu trabalho. Em duas esculturas, que chama de auto-retratos, brinca com a idéia de passagem do tempo, de desgaste do corpo humano. Na primeira, empilha numerosas moedas unidas por um fio de cobre —criando um perfil longo e suave. Na segunda, intitulada "Auto-retrato nº 2, Quinze anos depois", utiliza chaves no lugar das moedas —criando um perfil enrugado, espinhoso. Apesar de lidar com vários corpos em seu trabalho, um tema fundamental na atual exposição é o corpo humano. Um tema recorrente na obra do artista, que desta vez, porém, sai em busca de "uma forma não-figurativa". Com ossaturas de plástico, por exemplo, promove um jogo de composições inesperadas, como uma mão de esqueleto com seis dedos. Ou ainda ao trocar os pés pelas mãos de um esqueleto —que parece voar.(RL) Texto Anterior: MAM traz paisagens da coleção Chateaubriand Próximo Texto: Zélia Duncan foge do ecletismo no Sesc Índice |
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