São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 1995
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Greve dos transportes pára Paris a apenas três semanas da eleição

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

Com greves de metrô, ônibus, trens e aviões, os parisienses viveram ontem um dia caótico a três semanas da eleição presidencial.
O movimento foi um sucesso. Milhares de parisienses foram ao trabalho a pé, de carro ou de bicicleta e as principais avenidas ficaram engarrafadas. Os transportes devem voltar ao normal hoje.
É a primeira vez que paralisações simultâneas atingem todos os meios de transporte em Paris. Mas os motivos de cada categoria para entrar em greve foram diferentes.
Os ferroviários lutam "pelo futuro do serviço público; aeroviários e aeronautas, contra demissões; metroviários e rodoviários, por aumento de salário.
A paralisação dos ferroviários foi sentida em todo o país. Apenas 25% dos trens circularam. Entre as poucas linhas que funcionaram normalmente, estava o Eurostar, que liga Paris a Londres.
Foi cancelada metade dos vôos da Air Inter, a estatal francesa de vôos domésticos. No metrô de Paris, pararam 80% dos trens.
Para Marc Blondel, secretário-geral da Força Operária, uma das maiores centrais sindicais, a greve mostrou "a determinação dos assalariados em preservar um serviço público de qualidade".
Os dois principais candidatos conservadores, Jacques Chirac e o premiê Edouard Balladur, se recusaram a comentar o movimento.
O socialista Lionel Jospin aproveitou o silêncio dos adversários para afirmar que "a direita não sabe responder às exigências do mundo do trabalho".

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