São Paulo, sábado, 1 de abril de 1995 |
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Hóspedes cedem lugar a comitiva
CRIS GUTKOSKI
"Carajás não tem condições de hospedar esse pessoal todo", afirmou na quinta-feira à noite o gerente do Hotel Jatobá, Washington Cunha Campos. A cidade tem apenas dois hotéis, e pelo menos 20 hóspedes foram desalojados e levados a outros alojamentos para ceder os quartos à comitiva presidencial. No grupo de FHC, vieram, entre outros, 40 seguranças pessoais do presidente, 10 garçons e 2 cozinheiros. Um dos hóspedes desalojados foi o operador de escavadeira Ercílio de Paulo Silva, funcionário da transportadora Tomé. "Me senti humilhado", reclamava ele na quinta-feira à noite. "No seu quarto, estão dois generais", explicou o gerente do hotel. Washington Campos afirmou que também precisou transgredir a norma da FAB (Força Aérea Brasileira), que determina que os pilotos devem repousar sozinhos. "Tive que alojar quatro pilotos em dois quartos", afirmou. Além da dificuldade de hospedagem e do incidente ocorrido ontem na Casa de Hóspedes, quando parte do tablado em volta da piscina quebrou, e quatro jornalistas ficaram feridos, as ligações telefônicas para fora do Estado ficaram interrompidas das 20h de quinta-feira até a manhã de ontem. Os técnicos da Telepará alegam que houve uma sobrecarga no sistema. A sobrecarga, porém, não afetou as ligações locais em Carajás e não impediu qualquer tipo de ligação em Paraupebas, a 25 km, fora da área da Vale do Rio Doce. O gerente do hotel Jatobá disse que as ligações para fora do Estado foram cortadas por motivos de segurança. Texto Anterior: FHC agora critica até órgãos do governo Próximo Texto: Protesto fica à distância Índice |
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