São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995 |
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FHC tenta agora diálogo com partidos
SILVANA QUAGLIO; GABRIELA WOLTHERS
A fragilidade do apoio dos parlamentares ao governo FHC ficou comprovada com a derrota na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, que decidiu esquartejar a emenda da Previdência. A partir daí, o governo começou a se mexer. FHC despachou os ministros para a frente de batalha no Congresso e voltou a assumir a coordenação política de seu governo. Na segunda-feira, teve o encontro mais importante do pós-tumulto com os líderes dos três maiores partidos aliados: PFL, PMDB e PSDB. Os três saíram do Planalto satisfeitos, principalmente porque FHC prometeu cobrar dos ministros a montagem de uma assessoria capacitada para se entender com as coordenações dos partidos, que centralizarão os pleitos dos parlamentares. No mesmo dia, o governo conseguiu diminuir o tamanho da derrota na CCJ. A emenda da Previdência foi dividida em quatro, mas os pontos essenciais permaneceram em uma só. Reconhecendo que havia aberto muitos flancos para a oposição, o governo decidiu desacelerar a tramitação da proposta da Previdência e, ao mesmo tempo, concentrar esforços na aprovação das emendas que quebram os monopólios estatais e abrem a economia. Na quarta-feira, o líder do PSDB na Câmara, José Anibal (SP), chamou pela primeira vez os líderes dos outros cinco partidos aliados -PFL, PMDB, PTB, PL e PP- para um jantar em sua residência em Brasília. Ficou acertado que cada líder irá contactar os parlamentares para ter apoio nas comissões que analisam as emendas. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que chegou a defender a retirada da emenda da Previdência do Congresso, se reuniu na quinta-feira com FHC e, logo em seguida, também começou a articular a apoio dos senadores às propostas do governo. Texto Anterior: Demissão de Muylaert leva DM-9 de volta ao governo Próximo Texto: Governo petista é considerado o pior Índice |
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