São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995 |
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Médico pede mais controle
MARCELO MENDONÇA
O diretor da Divisão de Experimentação do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas, Maurício Rocha e Silva, ficou alarmado quando recebeu, pelo correio, de um cientista dos EUA, uma fita de vídeo com a reportagem feita pela produtora britânica. O documentário sobre os casos recentes no Brasil foi exibido também pelo pelo canal de TV a cabo norte-americano A&E. Envolvido em uma pesquisa sobre os efeitos da talidomida, Rocha e Silva, professor titular da Faculdade de Medicina da USP, comunicou o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual da Saúde sobre o conteúdo do vídeo e sua repercussão nos EUA. Apesar de ser favorável a pesquisas sobre novos usos para a talidomida, Maurício Rocha e Silva defende "salvaguardas rígidas" contra os perigos da droga. "É preciso informar com absoluta clareza e exigir uma segunda pessoa que se responsabilize, junto com o paciente, a devolver os comprimidos não usados", sugere. Rocha e Silva pesquisa os efeitos da talidomida em tumores de animais de laboratório. Estudos sugerem que a droga pode ter efeitos benéficos no tratamento de alguns tipos de cegueira, combate a úlceras bucais e rejeição em transplantes de medula óssea. Texto Anterior: Droga surgiu em 56, na Alemanha Próximo Texto: Associação quer mudar imagem de deficientes Índice |
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