São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995
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Estado promete investimentos de US$ 4,6 bilhões

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Se o governo de São Paulo conseguir amarrar todos os financiamentos que está esperando, o metrô vai avançar 5 km de linha por ano. Não mais. Nos melhores períodos, construiu 4 km por ano.
O pacote de obras viárias da Secretaria dos Transportes Metropolitanos soma US$ 4,6 bilhões. Conta com empréstimos do Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento e BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
O Estado entra com US$ 2 bilhões, dos quais US$ 1,2 já foi investido. O total dos financiamentos -se vier- servirá para a conclusão das extensões norte, leste e oeste do metrô. As obras estão paradas há quatro anos e vão demorar mais dois.
O dinheiro também vai para as novas linhas centro-Pinheiros e centro-Santo Amaro do metrô. Devem ficar prontas em cinco anos.
Os primeiros investimentos estão indo para as linhas de trens suburbanos. Trilhos, estações e 90 trens serão recuperados. Trinta novos trens estão sendo comprados. "Só isso fará com que o número de passageiros por dia passe de 1,1 milhão para 2,5 milhões, equivalente ao transportado pelo metrô", diz o secretário Cláudio de Senna Frederico.
A prefeitura já concluiu que colocar mais ônibus disputando com carros nas ruas não resolve. A frota já passa dos 10 mil ônibus. Se for aumentada, os veículos formarão imensas mangueiras ao longo das avenidas. A velocidade ficará abaixo de 10 km por hora nos corredores. Melhor seguir a pé.
A alternativa estaria entre os ônibus comuns e o metrô, rápido e eficiente, mas caro e demorado. Por enquanto, a prefeitura investe na idéia dos ônibus articulados. Eles sairiam de terminais e seguiriam por 15 corredores segregados até o centro da cidade.
A partir dos terminais, ônibus comuns levarão os passageiros até os bairros da periferia.
A CET está implantando 1.227 semáforos auto-reguláveis. Eles são capazes de abrir e fechar de acordo com o volume de trânsito. Dos 3.600 cruzamentos com semáforos na cidade, só 15% têm sinais automáticos.
(AB)

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